26 fevereiro, 2009

Era uma manhã gelada de Janeiro


Era uma manhã gelada de Janeiro, a que entrava pela janela do quarto.
Tão gelada como a mão dela adormecida sobre o meu peito nu. Tão gelada como o beijo que lhe dei antes de a ver adormecer, gelada, ao meu lado, enquanto eu, acordado, via surgir uma manhã gelada na janela.
Era preciso fazer alguma coisa. Por isso o meu corpo deslizou para dentro da manhã gelada e saiu dali. Ao acordar, apenas uma manhã gelada de Janeiro deitada ao seu lado.